quinta-feira, 28 de outubro de 2010

(...) e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. (Drummond)

domingo, 24 de outubro de 2010

Pronta para o amor


Eu não me perdoaria se não deixasse registrado as emoções de uma noite de domingo, ao escutar Cazuza enquanto voltava pra casa. É como se tivessem acordado as lembranças de uma meninice grávida de sonhos e sentimentos. Agarrei-me num choro de vida tal como um bebê recém-nascido, pois é nele que encontro a figura para traduzir o meu estado de espírito nos últimos meses. Essa vida que vos escreve tem sede de colo do mundo. Cazuza mexe comigo o equivalente a um bloco de carnaval do tamanho da lua. É nele e com ele que me perco ao mesmo tempo que me encontro, converso com a dor e busco incansavelmente a minha verdade através de uma percepção de mundo que elege o amor para governar o pensamento. De fato, "o poeta está vivo com seus moinhos de vento a impulsionar a grande roda da história." Fez e faz parte do meu show.